Plano de cuidados de enfermagem para pneumonia
Gerencie e monitore com confiança a pneumonia e seus riscos por meio deste plano abrangente de cuidados de enfermagem e guia para a prestação de cuidados preventivos e eficazes!
O que é pneumonia?
A pneumonia é uma infecção respiratória que afeta os pulmões, causando inflamação e acúmulo de líquido nos sacos aéreos (alvéolos). Vários microorganismos, incluindo bactérias, vírus e fungos, podem causar essa condição. Quando os alvéolos ficam cheios de líquido ou pus, ou quando ocorre derrame pleural, isso pode causar dificuldade em respirar, tosse e diminuição da troca de oxigênio nos pulmões.
A pneumonia pode variar de leve a grave e pode ser particularmente perigosa para certos grupos de alto risco, como bebês, idosos e indivíduos com sistema imunológico enfraquecido ou problemas crônicos de saúde. A gravidade da infecção depende de fatores como o tipo de patógeno causador da infecção, a idade do paciente e o estado geral de saúde.
Os sinais e sintomas comuns de pneumonia incluem (Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue, 2022):
- Tosse (pode produzir muco)
- Febre e calafrios
- Falta de ar ou respiração rápida
- Dor no peito que piora com a respiração ou tosse
- Fadiga
- Náuseas, vômitos ou diarreia (mais comum em crianças)
- Confusão (mais comum em adultos mais velhos)
Quando não controlada, a pneumonia pode levar a complicações como infecção secundária ou até insuficiência respiratória. Os profissionais de saúde desempenham um papel importante na avaliação dos pacientes, iniciando intervenções apropriadas e educando os pacientes e suas famílias sobre a doença e seu tratamento.
Modelo de plano de cuidados de enfermagem para pneumonia
Exemplo de plano de cuidados de enfermagem para pneumonia
Tipos de pneumonia
A pneumonia pode ser classificada em diferentes tipos com base no cenário da infecção, no microrganismo causador da infecção e no estado de saúde subjacente do paciente. Os principais tipos de pneumonia incluem o seguinte:
Os principais tipos de pneumonia incluem:
- Pneumonia adquirida na comunidade (PAC): Esse é o tipo mais comum de pneumonia em indivíduos não hospitalizados ou residentes em instituições de longa permanência (Mandell & Niederman, 2019). A PAC pode ser causada por vários patógenos, incluindo Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzaee vírus respiratórios, como influenza e vírus sincicial respiratório (RSV).
- Pneumonia adquirida no hospital (HAP): Também conhecida como pneumonia nosocomial, a HAP se desenvolve 48 horas ou mais após a admissão hospitalar e não está presente no momento da admissão (Kalil et al., 2016). A HAP é frequentemente causada por bactérias resistentes a antibióticos, como as resistentes à meticilina Staphylococcus aureus (MRSA) e Pseudomonas aeruginosa.
- Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV): Esse tipo de pneumonia ocorre em pacientes que estão em ventilação mecânica e se desenvolve 48 a 72 horas após a intubação endotraqueal (Klompas et al., 2014). A PAV é uma complicação grave que pode levar a internações hospitalares mais longas, aumento dos custos de saúde e maiores taxas de mortalidade.
- Pneumonia por aspiração: Esse tipo de pneumonia ocorre quando alimentos, líquidos ou outras substâncias são inalados para os pulmões, causando infecção (Mandell & Niederman, 2019). A pneumonia por aspiração é mais comum em indivíduos com dificuldades de deglutição, comprometimento da consciência ou doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Como funciona um modelo de plano de cuidados de enfermagem para pneumonia?
Um plano de cuidados de enfermagem para pneumonia (NCP) é essencial para que os profissionais de saúde forneçam cuidados organizados e eficazes aos pacientes diagnosticados com pneumonia. Aqui está um guia passo a passo para profissionais de saúde sobre como usar este plano de cuidados de enfermagem para pneumonia em PDF:
Etapa 1: Avaliação do paciente e coleta de dados
Comece com um exame físico e explore também as informações e o histórico médico do paciente. Em seguida, faça uma avaliação respiratória completa. Avalie possíveis sintomas de pneumonia, alterações na frequência respiratória, ritmo, profundidade e a capacidade do paciente de tossir com eficácia. Avalie sons pulmonares, sinais vitais, estado mental e estado de oxigenação usando Oximetria de pulso e gases sanguíneos arteriais (ABGs) para determinar a gravidade da condição do paciente. Você pode usar nosso Avaliação de enfermagem para pneumonia modelo para tornar isso mais fácil.
Etapa 2: Formular o diagnóstico de enfermagem e definir metas
Com base nos dados da avaliação, desenvolva um diagnóstico de enfermagem que reflita com precisão a condição e as necessidades de cuidados do paciente. Estabeleça metas de longo e curto prazo para a recuperação do paciente. Essas metas devem ser específicas, mensuráveis e adaptadas à situação individual do paciente.
Etapa 3: Planejar e implementar intervenções de enfermagem
Com base nos resultados da avaliação de enfermagem, intervenções apropriadas para promover a desobstrução das vias aéreas devem ser selecionadas. Auxiliar nas mudanças de movimento e posicionamento para promover a expansão pulmonar em pacientes imóveis quando necessário. Forneça oxigênio suplementar conforme necessário para manter os níveis adequados de saturação de oxigênio e gerenciar as trocas gasosas prejudicadas. Cada intervenção deve ter uma justificativa clara explicando seu propósito e benefício esperado. Implemente essas intervenções como parte da rotina de cuidados do paciente.
Etapa 4: avaliar e ajustar o cuidado
Avalie regularmente a eficácia das intervenções e o progresso do paciente em direção às metas estabelecidas. Documente os resultados na seção de avaliação do plano de cuidados. Com base nessa avaliação, ajuste o plano de cuidados conforme necessário, atualizando as intervenções ou metas para garantir cuidados contínuos e adequados.
Diagnóstico de enfermagem para pneumonia
Ao cuidar de pacientes com pneumonia, é essencial desenvolver um NCP abrangente para pneumonia. Esse processo é crucial para identificar diagnósticos de enfermagem adequados que orientem a seleção de intervenções e os resultados desejados.
Alguns diagnósticos comuns de enfermagem para pacientes com pneumonia incluem (Herdman & Kamitsuru, 2017):
- Desobstrução ineficaz das vias aéreas: Esse diagnóstico está relacionado à incapacidade do paciente de limpar as secreções do trato respiratório de forma eficaz, geralmente devido a problemas respiratórios, aumento da produção de muco, inflamação e enfraquecimento do reflexo da tosse. Pacientes com pneumonia podem ter dificuldade em respirar, tossir e aumentar a produção de escarro, o que pode comprometer ainda mais a depuração das vias aéreas.
- Troca gasosa prejudicada: A pneumonia pode causar comprometimento das trocas gasosas devido ao acúmulo de líquido e inflamação pulmonar, resultando em diminuição da difusão de oxigênio e remoção de dióxido de carbono. Os pacientes podem apresentar sinais de hipoxemia, como falta de ar, taquipneia e diminuição dos níveis de saturação de oxigênio.
- Dor aguda: Pacientes com pneumonia podem sentir dor aguda relacionada à inflamação, tosse e dor torácica pleurítica. A dor pode ser descrita como aguda, penetrante ou dolorida e pode piorar com a respiração profunda ou a tosse. O manejo adequado da dor é essencial para promover conforto e facilitar a respiração e a tosse eficazes.
Intervenções de enfermagem para
Ao elaborar um plano de cuidados de enfermagem para pacientes com pneumonia, é essencial considerar uma série de intervenções que abordam vários aspectos da saúde e bem-estar do paciente.
Suporte respiratório e gerenciamento das vias aéreas
Administre oxigenoterapia conforme prescrito para manter a oxigenação adequada. Incentivar exercícios de tosse e respiração profunda ajuda ainda mais a promover a expansão pulmonar e a eliminação de secreções. Técnicas de fisioterapia torácica, como percussão e vibração, também podem mobilizar secreções.
Gerenciar e administrar medicamentos
Administrar o tratamento com antibióticos conforme prescrito pelo médico é essencial para tratar a infecção bacteriana subjacente, como a pneumonia bacteriana. O fornecimento de analgésicos e antipiréticos ajuda a controlar a dor e a febre, mas é necessário monitorar cuidadosamente os possíveis efeitos colaterais. A administração de broncodilatadores e mucolíticos conforme solicitado também pode melhorar ainda mais a permeabilidade das vias aéreas e facilitar a eliminação da secreção.
Educação do paciente e promoção da saúde
Educar pacientes e cuidadores hospitalizados sobre pneumonia, suas causas, fatores de risco no desenvolvimento de pneumonia e estratégias de prevenção é essencial. Técnicas adequadas de higiene das mãos e enfatizar sua importância ajudam a reduzir a propagação da infecção. Promover a cessação do tabagismo e fornecer recursos e apoio também pode ajudar os pacientes a parar de fumar.
Monitoramento e avaliação
Também é importante avaliar e monitorar regularmente os sinais vitais, incluindo frequência respiratória, saturação de oxigênio, pressão arterial e temperatura. Avaliar a resposta do paciente aos tratamentos e ajustar o plano de cuidados portanto, também é crucial no processo de tratamento.
Referências
Herdman, H. T. e Kamitsuru, S. (2017). Diagnósticos internacionais de enfermagem da NANDA. Thieme. https://books.google.com.ph/books?id=sJ0uDwAAQBAJ&pg=PT11&source=gbs_selected_pages&cad=1#v=onepage&q&f=false
Kalil, A. C., Metersky, M. L., Klompas, M., Muscedere, J., Sweeney, D. A., Palmer, L. B., Napolitano, L. M., O'Grady, N. P., Bartlett, J. G., Carratalà, J., El Solh, A. A., Ewig, S., Fey, P. D., File, TM, Jr, Restant Repo, M. I., Roberts, J. A., Waterer, G. W., Cruse, P., Knight, S. L., & Brozek, J. L. (2016). Tratamento de adultos com pneumonia adquirida em hospital e associada à ventilação: diretrizes de prática clínica de 2016 da Infectious Diseases Society of America e da American Thoracic Society. Doenças infecciosas clínicas, 63(5), e61—e111. https://doi.org/10.1093/cid/ciw353
Klompas, M., Branson, R., Eichenwald, E. C., Greene, L. R., Howell, M. D., Lee, G., Magill, S. S., Maragakis, L. L., Priebe, G.P., Speck, K., Yokoe, D. S., & Berenholtz, S.M. (2014). Estratégias para prevenir a pneumonia associada à ventilação mecânica em hospitais de cuidados agudos: atualização de 2014. Controle de infecções e epidemiologia hospitalar, 35 Suprimento 2, S133—S154. https://doi.org/10.1017/s0899823x00193894
Mandell, L.A., e Niederman, M.S. (2019). Pneumonia por aspiração. Jornal de Medicina da Nova Inglaterra, 380(7), 651—663. https://doi.org/10.1056/NEJMra1714562
Perguntas mais frequentes
Ao avaliar um paciente com pneumonia, o enfermeiro deve se concentrar na avaliação do estado respiratório, incluindo sinais vitais (temperatura, frequência respiratória, saturação de oxigênio), sons respiratórios e trabalho respiratório. O enfermeiro também deve avaliar sinais de infecção, como febre e calafrios, e monitorar complicações como derrame pleural ou insuficiência respiratória. Além disso, a enfermeira deve avaliar a condição geral do paciente, incluindo nível de consciência, estado de hidratação e capacidade de tossir e limpar secreções.
O objetivo do tratamento da pneumonia é controlar os sintomas, prevenir complicações e promover a recuperação. Isso inclui o fornecimento de oxigenoterapia, antibióticos, se necessário, e cuidados de suporte, como hidratação e controle da dor.
Alguém com pneumonia geralmente precisa de cuidados de suporte, incluindo oxigenoterapia, antibióticos, se necessário, e hidratação. Eles também podem exigir controle da dor e suporte respiratório, como um umidificador ou nebulizador. Em casos graves, a hospitalização pode ser necessária para fornecer monitoramento e tratamento rigorosos.